As falas do presidente provisório do Progressistas catarinense, Leodegar da Cunha Tiscoski, à imprensa, têm deixado a impressão de que ele deverá se dispor a continuar a frente da legenda no próximo ano, quando acontecem as eleições municipais. Leodegar assumiu a presidência de seu partido, através de uma comissão provisória, no último dia 21 de setembro, com a disposição de convocar uma convenção estadual da legenda ainda em 2023, ou em março de 2024. Pelo andar da carruagem, este tema deverá ser postergado para o próximo ano.
Os trabalhos que Leodegar tem desenvolvido a frente do Progressistas dão a entender que seu mandato poderá ser estendido, justamente porque todos eles estão direcionados a alinhar o partido com vistas ao próximo pleito municipal.
Em princípio, o foco de Leodegar é organizar o Progressista de forma regionalizada, se utilizando tanto dos deputados estaduais da legenda, quando de lideranças regionais para este propósito. Paralelo a isto, ele também tem trabalhado o partido nos municípios, estimulando candidaturas proporcionais e majoritárias ano que vem. Neste sentido, o principal objetivo é fazer com que a legenda dispute, ou a prefeitura, ou a vice-prefeitura, de todos os municípios do Estado.
Leodegar também tem trabalhado para trazer lideranças de outras legendas para seu partido. De forma concomitante, abriu conversações com siglas como o PSD, o Republicanos e o PL, objetivando alianças para o próximo pleito municipal. Este conjunto de trabalhos é bastante orquestrado e deverá culminar com o fortalecimento do partido para a disputa municipal que se avizinha. Diante de um cenário como este, é plausível acreditar que Leodegar se disponha a colocar seu nome a disposição de seu partido para continuar com o trabalho que vem realizando, justamente para que não haja uma interrupção na lógica desenvolvida até agora com foco em 2024.
É interessante observar que o deputado estadual José Milton Scheffer, que a exemplo de Leodegar é de Sombrio, é outro nome disposto a presidir o Progressistas catarinense.
Finais
- Ex-prefeito de São João do Sul, Alex Bianchin, está tentando costurar uma aliança que abarque o PDT, seu atual partido, juntamente com o Progressistas, o PSDB e o PL, para que as quatro legendas disputem unidas as eleições municipais de 2024. O Progressista já disse que estará com Alex. As conversações com o PSDB também estão bastante adiantadas. Já com o PL, questões de cunho ideológico podem criar ruídos nesta aproximação. É que o partido do ex-prefeito Jair Bolsonaro tem restrições a alianças com legendas identificadas com a esquerda, como é o caso do PDT. Alex Bianchin, no entanto, defende a tese de que discussões ideológicas não podem nortear coligações em pequenos municípios, como é o caso de São João do Sul, onde, conforme ele “o que interessa, de verdade, é o resultado que uma gestão dá a população”.
- Oficialização do ingresso no vice-prefeito de Balneário Gaivota, Jonatã Coelho, no Partido Liberal, deverá acontecer por ocasião da vinda do governador Jorginho Mello (PL) ao município, para a inauguração do novo prédio do destacamento da Polícia Militar. A expectativa do prefeito Kekinha dos Santos (PSDB) é que a filiação de Jonatã na legenda do governador estreite os laços entre seu município e o Governo do Estado. A dobradinha entre Kekinha e Jonatã deverá ser reeditada para a disputa municipal do ano que vem. Na oposição, o Progressistas e o PSD tentam ajustar uma aliança para disputar o executivo gaivotense em 2024. Em princípio, o Progressistas conta com o nome do ex-prefeito Ronaldo Pereira da Silva e o PSD com o nome do empresário Fábio Albino. O MDB também almeja lançar candidato a prefeito em Balneário Gaivota.