Ontem, o governador Jorginho Mello anunciou a concessão do Aeroporto de Jaguaruna ao Consórcio Sul Airport, por 30 anos, marcando a primeira Parceria Público Privada de sua gestão. A chamada PPP deve resultar no investimento de mais de R$ 70 milhões no aeroporto, o que inclui sua expansão, manutenção e melhorias na pista. Atualmente, o aeroporto movimenta cerca de 11 mil passageiros por mês. A estimativa é que com as melhorias, já no ano que vem, este número suba para 15.500 passageiros todos os meses.
O Aeroporto de Jaguaruna faz parte de um grande projeto de desenvolvimento macrorregional do Sul catarinense, criado pelo Governo Federal, em parceria com o Governo do Estado, que contempla, ainda, a pavimentação da Serra da Rocinha, a ampliação do porto de cargas de Imbituba e do porto pesqueiro de Laguna, a passagem do gasoduto Bolívia-Brasil pelo Sul do Estado, como também a duplicação da BR-101.
Todo este projeto começou a ser desenvolvido ainda à época dos mandatos do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), entre 1995 e 2002, com o objetivo de fomentar o crescimento econômico do Sul do Estado, o que, de fato, tem dado certo.
Teoricamente, com a ampliação no aeroporto, faltará apenas o término da pavimentação da Rocinha para que o projeto inicial esteja concluído. Teoricamente, porque uma série de outras situações precisam ser revolvidas para que este projeto de desenvolvimento seja de fato concluído. Um dos gargalos é a necessidade da federalização da SC-285, entre a localidade de Sanga da Toca II, em Araranguá, e o município de Timbé do Sul. Estima-se que depois da pavimentação da Rocinha, cerca de 5 mil veículos transitarão diariamente pela rodovia, dez vezes mais do que na atualidade. É necessária a construção de contornos na 285, tanto em Ermo quanto em Turvo, como também melhoramento da pista ao longo de toda sua extensão, para que haja adequação à nova realidade que está por vir. Também é necessário que o Governo Federal agilize a obra de pavimentação da BR-285, entre a divisa de Santa Catarina e o Rio Grande do Sul, até a sede de São José dos Ausentes (RS), para que a serra da Rocinha passe a ser efetivamente utilizada.
FINAIS
- Mas não é somente isto. Este macroprojeto também precisa de novos adereços para que o crescimento do Sul de Santa Catarina seja acelerado. Um destes adereços é a necessidade da construção de um porto seco às margens da BR-101, preferencialmente aqui em nossa região, nas proximidades da atual SC-285, para carga e descarga de veículos de grande porte, o que geraria um grande fluxo econômico aqui no Extremo Sul Catarinense, trazendo em sua esteira uma série de empreendimentos, como a abertura de transportadoras, postos de combustíveis, hotéis, restaurantes e similares, gerando, também, centenas, talvez milhares de empregos. Outras iniciativas, como a conclusão da rodovia Caminhos do Mar, e a fixação dos molhes do rio Araranguá e do rio Mampituba, também integrariam nossa região definitivamente no mapa do desenvolvimento econômico de nosso Estado. O fato é que não queremos esmolas. Queremos apenas as mesmas oportunidades que já foram ofertadas, há décadas, a outras regiões de Santa Catarina, também nos sejam ofertadas.
- Empresário Luciano Hang, dono das Lojas Havan, foi considerado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral até 2028 por usar a estrutura de sua empresa, e sua influência pessoal, na campanha eleitoral do município gaúcho de Santa Rosa, isto no ano de 2020, ocasião em que teria favorecido o então candidato, o atual prefeito, Anderson Mantei (PP). A decisão ressalta que Luciano violou a isonomia do pleito, realizando um evento próximo à eleição, no qual pediu votos e criticou candidatos de esquerda. Tal ato foi considerado abuso de poder econômico pela justiça eleitoral. Luciano Hang já havia sido tornado inelegível por oito anos pelo TSE, em 2023, por ter agido com o mesmo modus operandi em relação a candidatura do prefeito Ari Vequi (MDB), em Brusque, também no pleito de 2020. Em ambos os casos, Luciano sustentou a tese de liberdade de expressão, para justificar seu apoio aos aludidos candidatos. A justiça eleitoral, no entanto, afirma que o empresário extrapolou seu direito, enquanto cidadão, ao misturar seus negócios com política em meio a pleitos eleitorais.