Prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), que também é o presidente da Fecam, a Federação Catarinense dos Municípios, esteve ontem em Araranguá, ocasião em que se reuniu com os prefeitos de nossa região para discutir com eles as últimas iniciativas da entidade. Após a reunião, aproveitei o ensejo para conversar com Topázio sobre política eleitoral.
Nome bastante lembrado para uma disputa estadual ano que vem, Topázio Neto disse que não pretende renunciar a prefeitura da capital para concorrer a qualquer cargo eletivo em 2026, mas deixa a entender que isto não é de todo impossível. Aliado do governador Jorginho Mello (PL), de quem recebeu total apoio para disputar a reeleição no ano passado, o prefeito disse que ainda é muito cedo para fazer conjecturas a respeito do pleito do próximo ano, por conta dos desdobramentos políticos em nível nacional que poderão interferir diretamente nos destinos da política catarinense.
O prefeito aposta, por exemplo, que se o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, decidir disputar a Presidência da República, isto se dará pelo Partido Liberal, do ex-presidente Jair Bolsonaro, e não pelo Republicanos, sua atual legenda. No embalo, Topázio também sentencia que em um cenário como este, o PSD estaria totalmente fechado com Tarcísio, o que teria reflexos diretamente em Santa Catarina.
Com o PSD nacional manifestando apoio à candidatura de Tarcísio de Freitas pelo PL, fatalmente as duas legendas também estariam irmanadas em um mesmo projeto em Santa Catarina. Por uma questão de hierarquia no atual status quo político do Estado, o governador Jorginho Mello (PL) disputaria à reeleição com o apoio do PSD, com o atual pré-candidato ao governo pelo partido, o prefeito de Chapecó João Rodrigues, disputando muito provavelmente o Senado Federal pela aliança. É neste cenário que Topázio Neto é lembrado, para quem sabe, disputar a vice-governadoria, o que contemplaria as duas alas do PSD catarinense: a dele e a de João Rodrigues.
Como João Rodrigues tem dito aos quatro ventos que a única disputa que lhe interessa ano que vem é a que leva a governadoria, há a possibilidade que ele não renuncie ao seu mandato em Chapecó, liberando o PSD para as articulações que melhor lhe convier, caso, de fato, haja um alinhamento político com o PL ano que vem. Neste cenário, a vaga ao Senado que seria destinada a João Rodrigues acabaria sendo endereçada a Esperidião Amin (PP).
É óbvio que é preciso levar em conta o fator Carlos Bolsonaro, que já está de malas prontas para vir morar em nosso Estado, objetivando disputar o Senado, pelo PL catarinense. Uma aliança entre o PL e o PSD, no entanto, mudaria completamente esta possibilidade,
Em relação a Topázio Neto, o que se percebe nitidamente é que ele tem sim intenções pessoais diante do pleito de 2026, mas não pretende se antecipar aos fatos. O que ele quer é que o grupo o elenque, o colocando na condição de um possível candidato a vice de Jorginho Mello, ou, em uma segunda hipótese, na condição de candidato ao Senado.
Finais
Prefeita de Sombrio, Gislaine Dias da Cunha (MDB), está encaminhando projeto junto ao Governo do Estado e a Celesc, para tornar toda a rede de energia elétrica aérea, da rua Caetano Lummertz, no centro da cidade, em uma rede subterrânea, a exemplo da avenida Getúlio Vargas. De acordo com a prefeita, as tratativas neste sentido estão bastante adiantadas, e o projeto deverá se tornar realidade. A intenção do Executivo Municipal é o de também remodelar a Caetano Lummertz, dando a rua um ar mais moderno, em consonância com outras vias públicas do centro, como a Getúlio Vargas e a avenida Nereu Ramos. Notícias boas também para o interior do município. A Prefeitura de Sombrio deverá assinar convênio na ordem de R$ 10 milhões com o Governo do Estado para a pavimentação asfáltica de estradas rurais. Documentação neste sentido já está sendo encaminhada junto ao governo catarinense.
O deputado estadual Pedro Baldissera, terceiro colocado no primeiro turno para a escolha do futuro presidente do PT de Santa Catarina, juntamente ao também deputado estadual Neodi Saretta, irão tentar convencer os deputados estaduais Fabiano da Luz e Luciane Carminatti a não disputarem o segundo turno da eleição petista, marcado para o próximo dia 27. A intenção é fazer com que os dois parlamentares entrem em um acordo e aceitem dividir o comando da presidência do PT catarinense em dois períodos de dois anos para cada um. A proposta vai mais além, e sugere que representantes das demais três candidaturas que não foram para o segundo turno também participem do grupo que comandará o partido, tanto no primeiro, quanto no segundo período de dois anos. A intenção, de acordo com Pedro Baldissera, é manter a unidade do PT, especialmente diante das eleições de 2026.