Levantamento realizado pela Plano Pesquisas, empresa que atua nos ramos de pesquisa e marketing eleitoral nos três Estado do Sul do país, indica que o PL, do governador Jorginho Mello, e o PSD, do deputado estadual Júlio Garcia, são os partidos que mais têm crescido ao longo dos últimos meses em Santa Catarina. O crescimento do PL se dá, por óbvio, por conta da eleição de Jorginho Mello, e também por conta do rastro que o bolsonarismo deixou em nosso Estado depois da eleição presidencial do ano passado. Já o crescimento do PSD é creditado a um trabalho sistemático que a legenda vem fazendo, com vistas ao pleito eleitoral do ano que vem, que tem, como objetivo final, as eleições estaduais de 2026.
Na via inversa, de acordo com a Plano Pesquisas, dentre os grandes partidos de Santa Catarina, os que mais têm apresentado estagnação ou diminuição de seus quadros são o Progressistas e o MDB, que durante muitos anos foram os protagonistas da política catarinense. Isto pode ser sentido aqui mesmo em nossa região. As duas legendas já chegaram a comandar 100% das prefeituras da região da Amesc, e a cada eleição que passa este percentual tem diminuindo. Atualmente, os dois partidos administram apenas 60% das prefeituras do Extremo Sul Catarinense. Pelo andar da carruagem, é muito provável que, em nível estadual, Progressistas e MDB elejam menos prefeitos em 2024, do que elegeram em 2020. Este decréscimo será preenchido principalmente por candidatos filiados ao PL e ao PSD.
Em princípio, conforme a Plano Pesquisas, em 2024 o campo também será bastante fértil para outras legendas com perfil ideológico de direita e centro direita. Neste sentido, mesmo pequenos partidos, que compactuem com o pensamento político conservador, poderão ter chances e eleger prefeitos em vários municípios do Estado. Na via inversa, quanto mais próximos da esquerda, menores as chances de eleições dos candidatos que postulem o comando das prefeituras ano que vem.
Finais
- Grupo político ligado ao ex-vereador Volneci Moraes Baltazar, o Sí, não integrará mais a formação do Republicanos em Sombrio. Em princípio, a Coordenação Regional do partido queria que Sí, e os também ex-vereadores Elisandro Guimarães de Oliveira, o Grosso, e Chero Albino, dividissem o comando da legenda, com vistas ao pleito eleitoral do ano que vem. O problema é que Sí é ligado a prefeita Gislaine Dias da Cunha (MDB), e Grosso e Chero estão mais próximos da oposição. Já antevendo uma ruptura futura, Sí abandonou o projeto que poderia levá-lo ao Republicanos. A partir de agora, Sí e seu grupo político pretendem ingressar em um partido já consolidado, mas não é descartada a possibilidade da criação de uma nova agremiação partidária que os abrigue.
- Final de outubro chegando e nada do Governo do Estado concluir a destinação de recursos oriundos das Transferências Especiais Voluntárias (TEVs) para as prefeituras municipais. A gestão de Jorginho Mello havia se comprometido em liquidar todas as TEVs até o final de setembro, no entanto, somente metade delas foram pagas. Em uma segunda fala, o governo se comprometeu com a liquidação da outra metade, estimada em R$ 500 milhões, até o final deste mês, mas não há nenhum indicativo de que isto aconteça. Vale lembrar que as TEVs nada mais são do que uma repaginação das Transferências Via Pix, implantadas pelo ex-governador Carlos Moisés da Silva (Rep), que não destinou todos os recursos que havia prometido para prefeitos de todo o Estado e jogou a bomba no colo de Jorginho Mello.