Depois de 14 anos do crime, começou nesta quarta-feira, dia 10, o Júri dos indiciados pela morte do empresário André Roberto Alves, que era conhecido como Beto da EJW, concessionária de água de Balneário Arroio do Silva. São acusados três homens, dois executores e o mandante do crime.
O suspeito de ser o mandante é defendido pelos advogados criminalistas, Gian Carlos Goetten Setter e Ernane Palma Ribeiro Filho. Já os acusados de serem os atiradores, são defendidos pelo advogado José Luiz de Jesus.
Beto foi morto em 7 de fevereiro de 2008, quando chegava em sua casa de veraneio, por volta das 22h30min, em Balneário Arroio do Silva. Ao abrir o portão, o empresário foi atingido por cinco tiros, que atingiram seu braço direito, peito, pescoço e cabeça.
Segundo o Ministério Público, a motivação do crime seria um desacordo comercial entre o mandante do assassinato e a vítima. A morte de Beto teria sido encomendada por R$ 5 mil.
Durante as investigações, foi apurado que uma testemunha ouviu os executores falando do crime e de terem recebido o valor para matar “um empresário no Arroio”. Ainda foi descoberto que dois anos antes do crime, Beto já tinha escapado de outra tentativa de homicídio.
O Júri dos três acusados iniciou nesta quarta-feira no Tribunal do Júri do Fórum da Comarca de Araranguá e a previsão é que se estenda até, pelo menos, até quinta-feira, dia 11. O mandante é acusado do crime de homicídio, duplamente qualificado, por motivo torpe e pela vítima não ter tido chances de defesa.
Já os executores são acusados por homicídio duplamente qualificado, sem chances de defesa da vítima.
Os réus mantêm a tese de inocência e a defesa alega que todo o processo é fruto de “fofoca”.