“Um dia, um adeus… e eu indo embora!” Opa! Essa é uma música do Guilherme Arantes que às vezes brinca em minha mente quando bate aquela saudade de casa. Algumas pessoas me perguntam o que me levou a ir embora. Qual foi na verdade o motivo de eu ter deixado para atrás minha família e minha paixão pelo meu trabalho como colunista social e como editora gráfica? Talvez eu devesse respondê-las começando como por exemplo, o porquê ter ficado no Brasil por tanto tempo ou o porquê de nunca ter voltado pra ficar.
Em sua música, Guilherme Arantes diz que foi “uma loucura ter ido embora por tão pouca aventura”. No meu caso, foi um meio de fugir do estresse que eu considerava estar vivendo. A minha concepção de estresse é outra 22 anos mais tarde. Sim, são 22 anos que deixei tudo para atrás e fui em busca do que muita gente teme… o desconhecido! Ah, o desconhecido! Se eu lhe falar que nunca temi o desconhecido, eu estaria mentindo e isso não faz parte do meu caráter. Porém confesso que o desconhecido me fascina pois contribui para que minha mente trabalhe com mais perspicácia.
Então vamos “de volta ao começo”. Quem foi outrora Claudete Matos? Meus irmãos diriam que sou o bebê de 14 filhos de Antonio Bento Pereira e Davina Matos Pereira (in memorian). Aquela menina que ficava de birra até ganhar o que queria. Teimosa e mimada. Era, diria, persistente e ousada. Meus amigos de infância dizem que eu era estudiosa e curiosa. Eu diria que sedenta por conhecimento e determinada. Meus amigos de adolescência talvez diriam sonhadora. Eu diria visionária.

Nasci na Praia Grande, mas aos 13 anos fui adotada pela cidade de Sombrio. Amo minha cidade Natal e tenho grande paixão por minha gente, mas se me perguntarem de onde sou, embora tenho grande fascínio pelos cânions e pela simplicidade do meu cantinho na Cachoeira, vou certamente dizer que sou de Sombrio. Por quê? Porque foi em Sombrio que ganhei um alicerce maior para a vida. Fui recebida de braços abertos por uma gente de coração nobre e simples. Gente que não se preocupou de onde eu vinha, mas sim, pra onde eu queria ir. Porém, se me perguntarem a minha praia favorita, direi com todo entusiasmo e convicção, Torres, a praia que me viu menina. Terra da minha mãe e da Família Matos.
Eu não quero me estender por aqui neste primeiro reencontro com minha paixão de escrever. Quando pego na caneta ou no teclado, minha mente viaja e eu escrevo um jornal inteiro. Então, vamos por parte. Eu quero levar você comigo nesta viagem de volta ao começo. Por isso, na próxima vez que você pensar em ler um artigo meu, prepare-se para uma aventura. Deixe de lado tudo o que estiver fazendo. Eu sei! Não é fácil achar um tempo livre, porém lembre-se que assim como seu telefone celular precisa uma pausa para recarregar a bateria, assim você precisa recarregar as suas. Se você ama café como eu, prepare uma xícara fresca, porque tanto o sabor quanto o aroma precisam estar em sintonia para a sua mente relaxar. Procure um cantinho só seu, se possível, longe de qualquer ruído. Eu vou explicar o porquê do título Essas Mulheres Maravilhosas e estarei esperando uma palavra sua, afinal, a melhor parte para mim é a conexão com meus leitores e uma participação interativa. Juntos, a gente vai mais longe nessa jornada!