Estamos no começo de um novo ano. Mais um recomeço. Uma nova oportunidade que teremos de retomar o rumo, evitando a repetição de erros. Ajustarmos as velas e seguirmos navegando pelos mares da vida, às vezes em águas calmas, noutras, em turbulentas, mas sempre navegando… Sem parar. “Navegar é preciso… Viver não é preciso”, dizia a sabedoria dos antigos navegadores lusos.
No primeiro dia deste janeiro a Terra iniciou mais uma volta em torno do Sol. É o movimento de Translação. Na velocidade média de 107.000 km/hora, viagem na qual levará 365 dias para completar. Então façamos uma autoanálise para sabermos se estamos bem preparados para enfrentar mais esta jornada. Encararmos os perigos desta vida. Viver é por demais perigoso. Basta a gente saber que só morre quem está vivo e que a maldade humana não tem limites. Ainda que a morte seja inevitável, não precisamos correr para abraçá-la.
Mas não basta estarmos vivos. É necessário também que sejamos felizes. Este é o objetivo maior da vida do homo sapiens. A felicidade, porém, não cai do Céu. Pode, é claro, num momento de sorte, alguém ser beneficiado por um acontecimento aleatório que o faça mais feliz. Fora disso, precisamos trabalhar muito para conquistarmos e mantermos esse tão almejado estado de espírito.
Portanto, devemos estar preparados para correr atrás dela. O primeiro cuidado que devemos ter, evidentemente, é com a nossa saúde, o nosso corpo. A boa higiene pessoal e a boa apresentação são indispensáveis, no sentido de que apresentemos uma imagem agradável às outras pessoas. Temos que cuidar muito e sempre do nosso caráter. Exercitarmos constantemente a nossa inteligência, intelectualidade e filosofia de vida. Temos que ter sempre bem claro o que queremos da vida, estabelecendo metas e trabalhando para atingi-las. Precisamos ter consciência da nossa realidade e da nossa fragilidade. Aceitarmos com naturalidade a velhice e a morte.
Para evitamos tristezas é bom não sonharmos alto demais, querer pessoas ou bens que estão muito acima das nossas condições pessoais, ou que simplesmente não nos querem. É um erro fatal amarmos quem não nos ama. Este sentimento, aliás, não é amor, é obsessão… E obsessão é doença.
Deixemos que os nossos aborrecimentos tenham origem apenas naquilo que não podemos evitar. Atenção também àqueles que a tua inteligência e intuição irão te alertar. Acredite: – Fora da nossa realidade física, material, existe algo infinitamente maior ao qual podes dar o nome que quiseres, inclusive Deus, por que não? Não faças mal a ninguém, pois, cedo ou tarde serás cobrado