No final do segundo ano de sua atual gestão, o governo do presidente Lula da Silva (PT) apresenta uma avaliação dividida entre a população. De acordo com a mais recente pesquisa do Datafolha, 35% dos entrevistados avaliaram sua gestão como ótima ou boa, enquanto 34% a classificaram como ruim ou péssima. Outros 29% a avaliaram como regular.
O levantamento revela que Lula enfrenta um cenário de descontentamento semelhante, mas, ainda pior, do que o vivido por seu antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que, nesta mesma etapa do governo, contava com 37% de aprovação e 32% de reprovação. Contudo, ao comparar sua situação atual com a dos seus mandatos anteriores, Lula se encontra em franca desvantagem. Em sua primeira gestão, entre 2003 e 2006, por exemplo, a aprovação de Lula chegou a 45%, e a reprovação a apenas 13%. Esta média se manteve no segundo mandato, entre 2007 e 2010. Sua sucessora, Dilma Rousseff (PT), alcançou índices ainda melhores, com 63% de aprovação no seu primeiro mandato. No segundo mandato, no entanto, ela chegou a ser cassada, fruto, também de sua impopularidade, que deu forças para que o Congresso Nacional pudesse levar o processo de impeachment adiante.
Um fator desfavorável a Lula, obviamente, é o fato de ele estar ocupando a Presidência da República pela terceira vez. Isto, por si só, vem acompanhado de um desgaste natural, exacerbado pela polarização política que se intensificou após sua vitória sobre Bolsonaro, em 2022.
Entre as questões que geraram preocupação junto a população, e puxaram os índices de Lula para baixo, se destaca a economia, especialmente após a recente valorização do dólar, como também a divulgação de medidas fiscais propostas por seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ainda que os efeitos destas situações não tenham chegado, por ora, ao bolso dos brasileiros, todo mundo já sabe que a economia brasileira irá cambalear nos próximos meses.
É interessante observar que o apoio a Lula varia de acordo com o perfil socioeconômico dos entrevistados. Ele é mais bem avaliado entre os mais pobres e os moradores do Nordeste, enquanto sua desaprovação é mais expressiva entre a classe média, evangélicos e pessoas com ensino superior, especialmente as que moram no Sul do Brasil.
As expectativas para o restante deste mandato são moderadas: 38% acreditam que Lula terá um desempenho ótimo ou bom, enquanto 34% preveem um final ruim ou péssimo. A preocupação com a saúde, tradicionalmente uma questão premente nas sondagens de avaliação, permanece em evidência, com 21% dos entrevistados a citando como o maior problema do Brasil, seguido pela segurança pública e pela economia. Em contrapartida, apenas 7% mencionam a corrupção como uma preocupação relevante, um índice baixo se comparado aos mandatos anteriores, tema, aliás, que foi capital para cassar Dilma Roussef.
FINAIS
Prefeito eleito de Jacinto Machado, Sander Just (MDB), anunciou ontem a composição de seu secretariado. Notadamente, ele preferiu manter grande parte do primeiro escalão que está trabalhando na atual gestão, comandada pelo prefeito João Batista Mezzari, o Gaiola (MDB). Ao lado da vice-prefeita eleita Noeli Zacca (PP), Sander confirmou a manutenção de Ana Bellettini Citadin como secretária de Administração, Planejamento e Finanças; de Juliane Furlaneto Trombim como secretária de Saúde e Saneamento; de Valdir Furlanetto como secretário de Obras e Serviços Públicos, e de Amilon Ghellere como diretor do Samae. Já a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte passará a ser comandada por Giseli de Souza Veronez. Eduardo Tramontin passará a chefiar a Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo, e Moacir Candiotto comandará a Secretaria de Agricultura e Irrigação. Em princípio, Sander Just intenciona seguir os passos do atual prefeito Gaiola Mezzari, sem inventar moda.
Faltando apenas 13 dias para que aconteça a eleição que escolherá quem será o próximo presidente da Câmara Municipal de Vereadores, nem em Sombrio, nem em Balneário Gaivota, há indicativos assertivos neste sentido. Nos dois municípios, a bancada de situação conta com sete vereadores, e a oposição com apenas quatro. No entanto, os sete majoritários não conseguiram chegar, ainda, a um acordo quanto ao modus operandi da eleição que deverá definir a composição da Mesa Diretora do legislativo, pelo menos em 2025. O grande problema está justamente na grande quantidade de postulantes para o cargo de presidente. O fato é que a maioria dos vereadores que se elegeram pela coligação da prefeita de Sombrio, Gislaine Cunha (MDB), como também pelo prefeito de Balneário Gaivota, Kekinha dos Santos (PSDB), sonham em presidir o legislativo. Por conta disto, a fumaça branca nos bastidores da política dos dois municípios, ainda está longe de ser uma realidade.