- Melhore a comunicação ao seu redor
Muitas vezes, as emoções vêm à tona simplesmente por interpretações erradas de uma situação. Aprender a se expressar significa não só falar e gesticular bem, mas também perceber se seu interlocutor compreendeu o que foi falado. Diversas equipes vivem em estresse emocional simplesmente porque a comunicação é truncada.
Uma dica valiosa para melhorar essa habilidade é colocar sentimento em sua fala: “Eu me senti desvalorizado quando você optou em apresentar o meu trabalho na reunião em vez de permitir que eu mesmo apresentasse.”
- Treine seu cérebro para pensar em respostas ao invés de reagir no automático
Quando você é agredido verbalmente por uma pessoa, seu impulso é rebater na mesma moeda?
Se sim, você está deixando seu inconsciente emocional e impulsivo tomar conta de suas ações.
Daniel Goleman classifica isso como o cérebro emocional, em contraposição ao cérebro pensante.
Com treino constante, você deve tentar controlar o impulso do cérebro emocional para permitir que o pensante entre em cena.
No contexto das empresas, uma dica de ouro é a seguinte: nunca responda um e-mail que desperte emoções logo após fazer sua leitura.
Espere alguns minutos, respire profundamente ou vá dar uma volta (olha a caixinha de ferramentas barrando o cérebro emocional) e só depois formule uma resposta.
Ao reagir no automático, nos colocamos em uma posição contrária à inteligência emocional.
- Conheça suas forças, fraquezas e limites
Ao elencar suas forças, fraquezas e limites pessoais, você avançará em sua jornada de autoconhecimento. Suas forças irão ajudar a não só equilibrar suas fraquezas, mas também a explorar oportunidades. Reconhecer suas fraquezas permite que você aprenda a pedir ajuda, valorize o trabalho dos outros e enxergue como cada um complementa o outro em uma equipe. Por fim, os limites vão sinalizar quais são seus pilares e valores inegociáveis.
Devem ser conhecidos e respeitados para evitar uma dissonância cognitiva.
Lembre-se: respeitar a si próprio é uma das principais formas de demonstrar inteligência emocional.
- Exerça a empatia
Como a inteligência emocional se refere ao reconhecimento não só das nossas emoções, mas também dos outros, desenvolver empatia é fundamental. Tentar compreender como o outro se sente e suas emoções desperta em cada pessoa a vontade de agir melhor. Ser empático significa olhar menos para seus problemas e olhar para fora, enxergar quem está ao seu redor, com intuito de poder ajudar de verdade.
A empatia, quando bem trabalhada, gera conexão entre as pessoas. Isso torna os ambientes de trabalho mais produtivos e as relações pessoais verdadeiras.
- Torne-se resiliente
Problemas sempre existirão. Somos humanos e não vivemos em um mundo perfeito. A boa notícia é que podemos lidar com eles, superar obstáculos e seguir em frente. A resiliência irá ajudar a lidar melhor com o estresse e com as tensões do ambiente de trabalho.
A frase famosa de Bill Gates “é bom comemorar o sucesso, mas é mais importante prestar atenção às lições do fracasso”, ilustra bem a questão da importância da resiliência em nosso desenvolvimento pessoal.
Ao se tornar resiliente, as lições aprendidas em momentos difíceis irão propiciar que você ganhe musculatura emocional.
- Aprenda a lidar com a pressão
Para qualquer cargo a ser exercido, sempre vai existir um nível de responsabilidade e uma pressão proporcional a ele. No entanto, profissionais com uma inteligência emocional bem desenvolvida conseguem lidar melhor com esse estresse. Um estudo realizado com enfermeiras mostrou uma relação inversamente proporcional entre a IE e o nível de estresse. Ou seja, quanto maior for a capacidade de lidar com os sentimentos e seus efeitos, menor o seu grau de esgotamento físico e mental.
Autoconhecimento e inteligência emocional estão tão intimamente relacionados que muita gente chega a confundir os dois conceitos. A verdade é que eles são assuntos complementares.
Para você conseguir gerir melhor suas emoções, é preciso se conhecer de maneira mais profunda. Ou seja, o autoconhecimento é um princípio básico para quem deseja desenvolver a IE. No entanto, o princípio inverso também vale.
Se você pretender fazer esse exercício de introspecção e viajar pelo seu íntimo, será necessário se expor, se mostrar vulnerável quanto aos seus medos, dores, anseios e inseguranças. Quando expomos essa vulnerabilidade para outras pessoas é que estabelecemos relações pessoais mais profundas e empáticas.
Empatia e relacionamento interpessoal, como já vimos, são preceitos fundamentais da inteligência emocional.
Podemos resumir essa relação assim:
A empatia e o relacionamento interpessoal são pilares da inteligência emocional que, por sua vez, só podem nascer a partir da exposição de nossas vulnerabilidades, processo que exige um elevado grau de autoconhecimento.
Conclusão
A inteligência emocional é, sem dúvida, determinante para o sucesso profissional e pessoal das pessoas.
No âmbito profissional, essa habilidade permite que você coloque a sua parte cognitiva para funcionar, estabeleça parcerias, crie um ambiente de trabalho positivo e uma mentalidade de crescimento coletivo.
No âmbito pessoal, você terá relacionamentos mais saudáveis, criará uma atmosfera de segurança emocional entre as pessoas queridas e educará seus filhos para serem adultos conscientes de si.
E o primeiro passo para ter acesso a tudo isso é entender que ela pode ser desenvolvida. É uma jornada intensa, que durará sua vida inteira, mas que, com certeza, será recompensadora. Ao se autoconhecer, você terá a possibilidade de viver uma vida mais leve, sem estresse e com melhores resultados.