Evitar que um dos principais mananciais naturais de água continue apresentando drástica redução em seu volume de água. Este é o principal objetivo das articulações lideradas pelo biólogo e diretor operacional da Fama, a Fundação Ambiental do Município de Araranguá, João Rosado.
A pauta possui interesse coletivo, mas cresce em mobilização, inclusive sendo tema de debates em órgãos como Comitê da Bacia do Rio Araranguá, Amesc, a Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense, Câmara de Vereadores, Prefeitura Municipal e Assembleia Legislativa. Além disso, na tarde desta quarta-feira, dia 8, João Rosado esteve reunido com o diretor geral do Samae, Jairo do Canto Costa, reiterando sobre a importância de desenvolver estudos técnicos visando identificar o que de fato faz diminuir o fluxo da água na Lagoa do Caverá. “O problema é antigo e cresce de proporção a cada dia que não encontramos uma solução. Os dados são alarmantes! Para ilustrar isso, basta lembrar que, em 1984, a lagoa ocupava uma área de 1.216,02 hectares, contrastando com os atuais 608,2 hectares. Essa situação ameaça um dos principais recursos hídricos do Extremo Sul Catarinense, impactando não apenas em Araranguá, mas nos outros municípios que abrange: Sombrio, Balneário Arroio do Silva e Balneário Gaivota”, pondera.
E, é justamente para identificar quais as causas desta situação e posteriormente elaborar um diagnóstico, que será elaborado um estudo técnico. O procedimento será executado em parceria com o Samae, que já iniciou o esboço para promover, no início de 2024, uma licitação objetivando contratar o prestador (a) deste serviço. “Na comunidade de Lagoa do Caverá, a autarquia planeja implantar sua sexta ETA, Estação de Tratamento de Água, que terá a missão de abastecer moradores da localidade anfitriã, mais Sanga da Areia, Sanga da Toca, Santa Catarina, Polícia Rodoviária, Operária, Jardim Cibeli e adjacentes”, afirma o diretor geral do Samae.
Nova ETA
O Samae já adquiriu uma área de 6 hectares e mantém expectativa de que a Estação de Tratamento de Água Lagoa do Caverá esteja operando em 2024. Já o biólogo da Fama observa que a construção da ETA não vai interferir no nível de água da Lagoa do Caverá, que deve receber recarga suficiente para sua manutenção, a exemplo do que já ocorre na Lagoa dos Bichos e Lagoa da Serra, que também abastecem suas respectivas ETAs”.
Desde 2020, Rosado está empenhado na recuperação da Lagoa do Caverá, que já constituiu-se na maior lagoa de água doce de Santa Catarina.