segunda-feira, 23 DE junho DE 2025
Claudete MatosResolução de conflitos

Resolução de conflitos

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Ilustração é uma das técnicas mais efetivas para mim tanto no aprendizado quanto ao ensinar. Anos atrás, uma amiga que vou chamar aqui de “Milinha”, me disse: “amo como você fala em metáforas”. E anos mais tarde, Milinha ainda lembrava uma das tantas que eu usara em nossas conversas.

 

Ao treinar líderes para o BK, costumo usar metáforas, analogias e expressões como forma de ilustração no intuito que a minha mensagem fique gravada com mais tenacidade. Você já deve ter percebido isso aqui porque estou sempre usando ilustração para que você também possa usufruir dessas mensagens de uma forma mais eficaz.

 

Mas deixa eu lhe contar uma que é um pouco suja, porém ninguém esquece. Eu a criei no ambiente de trabalho e ao longo dos anos isso tem me auxiliado tanto no BK quanto em casa. É o que eu chamo de “Analogia do Cocô” e serve para nos auxiliar na resolução de conflitos.

Do meu baú de memórias: É o Tchan (Setembro/1999, em Tubarão/SC) numa entrevista com Beto Jamaica, Scheila Carvalho, Jacaré, Sheila Mello e Compadre Washington.

Digamos que você entrou no trabalho ou mesmo em casa, e logo ali a sua frente, tem um cocô. Oh, que situação nojenta! Normalmente quem ouve isso pela primeira vez, faz cara feia. Mas quem disse que conflitos são bonitos? Neste caso, preciso ilustrar isso à altura. Certos conflitos são nojentos mesmo. Eles cheiram mal e se não forem resolvidos logo, se espalham e causam uma sujeira muitas vezes irreparável.

 

Então, vamos lá! Você se deparou com a tal cena. Tem cocô no chão! O que fazer? Limpar imediatamente deve ser a sua resposta. Mas, o que aconteceria se ao invés de limpar, você pisasse no cocô?  Consegue imaginar a situação? Não, ninguém quer pensar em ver o seu ambiente de trabalho ou a sua casa, com toda essa porcaria espalhada, não é? Então, por que insistimos em falar sobre um problema quando na verdade deveríamos nos focar numa solução?

 

Diante de certos conflitos, as pessoas reagem de forma diferente. Há quem chore, grite, xingue, ofenda. Há os que se desesperam e há os que agem com sabedoria. Mas existem uns ainda que não fazem nada e vivem com aquela angústia por anos.

 

Ian Tuhovski comenta em seu livro Inteligência Emocional que “cada um vê a realidade de forma diferente e cada um entende certas palavras de forma diferente. Tudo o que comunicamos está sujeito a grandes mal-entendidos. Você nunca pode ter 100% de certeza de que entendeu a intenção da pessoa com quem está se comunicando”.

 

Na dúvida, antes de atacar a outra pessoa, pergunte se entendeu corretamente. Quando damos essa oportunidade para o outro se explicar, deveríamos primeiramente acreditar que a outra pessoa não agiu de má intenção. Acredite! Como diz a Constituição (presunção de inocência): “é inocente até que se prove o contrário”.

 

Assim como na situação do cocô, antes de tentar entender quem fez e por que o fez, o primeiro impulso de uma pessoa emocionalmente inteligente, seria limpar. Depois de resolvido, buscar entender a raiz do problema e traçar metas para que a situação não se repita.

 

Pessoas reativas irão certamente entender isso como um descaso ou afronta. Depois não entendem por que vivem neste dilema de ansiedade e estresse. Precisamos entender que muitas pessoas agem ou por instinto ou porque pensam que estão fazendo o certo. Nem tudo o que você vê é o que realmente é.

 

Antes de analisar, é imprescindível lembrar que “não é o que você diz, mas quando e como você o diz”. Diante de circunstâncias como essa, manter a calma pode ser quase impossível. Às vezes é preciso que saiamos de cena por alguns minutos. Emoção e lógica precisam estar alinhadas. E é aí, que lembrando um jogo de futebol, eu aplico uma outra analogia: Cobrança de Pênalti. Como quando o jogador prepara a cobrança de um pênalti. Alguns posicionam a bola, dão uns passos para trás e quando voltam, chutam com mais firmeza para o gol.

 

Ao analisar um conflito, também é necessário pensar em outra hipótese: E se acontecer novamente, como posso lidar com isso de forma mais eficaz?

 

Assim como no caso de quem fez o cocô, nem sempre iremos entender as causas tampouco iremos saber se foi intencional ou não. Porém, se mudarmos a forma como reagimos diante de situações difíceis ou inusitadas, os resultados serão muito mais positivos.

 

Lembre-se, tanto no trabalho quanto em casa, um bom líder lidera por exemplo. Escolha ser positivo e impactar o mundo da melhor forma possível. Seja proativo e não reativo!

 

Espalhe o que você tem melhor. Crie uma imagem que ficará no coração e mente das pessoas que você influenciou positivamente. Na vida, iremos encontrar vários obstáculos e conflitos, mas como encaramos cada um deles é o que nos difere das pessoas normais.

 

 

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