O ano que passou foi de vacas magérrimas para as prefeituras de todo o país, e especialmente para as de Santa Catarina. Em nosso Estado, havia uma significativa expectativa de que o governador Jorginho Mello (PL) iria levar adiante o projeto de descentralização de recursos de seu antecessor, o ex-governador Carlos Moisés da Silva (Rep). Nos quatro cantos do Estado eram esperadas centenas de transferências especiais de recursos para os executivos municipais, as chamadas transferências via Pix, como também o pagamento de outras centenas de convênios realizados entre a ex-gestão estadual e as prefeituras.
A realidade, no entanto, mostrou-se oposta às expectativas. O governador Jorginho Mello puxou o freio de mão, fazendo apenas algumas liberações, à conta gotas, no segundo semestre no ano passado, e empurrando decisões mais importantes para 2024.
No que diz respeito ao Governo Federal o cenário não foi diferente. O tão propalado PAC 3, que deverá injetar R$ 1,3 trilhão até o final de 2026 em obras e ações por todo o país, só foi lançado no final do ano passado, e as prefeituras ainda não viram o cheiro dos recursos que virão para os municípios.
A boa notícia é que tanto os recursos mais robustos do Governo do Estado, quanto os do Governo Federal, deverão começar a ser pactuados nos próximos meses com as prefeituras, o que traz a sensação de alivio para os chefes de executivo de todo o Estado.
Isto, por óbvio, não acontecerá à toa. Tanto o governador Jorginho Mello, quanto o presidente Lula da Silva (PT), querem amarrar a liberação de recursos a projetos que valorizem seus candidatos no pleito eleitoral deste ano. Por conta disto, não será nenhuma surpresa se Jorginho liberar primeiramente recursos que estejam vinculados a prefeituras e prefeitos que o apoiem eleitoralmente, o que também deverá ser feito pela gestão do presidente Lula.
Seja como for, o fato é que 2024 deverá ser bem melhor para as prefeituras do que foi 2023, e isto por um motivo bem simples: não há como ser pior do que foi no ano passado. Afora o fato de os recursos federais e estaduais não terem caído na conta das prefeituras, paralelo às quedas de receitas derivadas da pandemia de Covid-19, houve ainda uma série de eventos climáticos que acabaram sufocando os caixas dos executivos municipais em toda Santa Catarina. Sendo assim, em 2024, tudo o que vier lá de cima é lucro.
Finais
- Ex-prefeito de Turvo, Heriberto Afonso Schmidt (MDB), tem saído na frente, no que diz respeito a busca de apoio de correligionários que seu projeto de disputar o executivo municipal turvense mais uma vez. O MDB local pretende definir até março quem será seu pré-candidato oficial à Prefeitura de Turvo. Além de Heriberto, também se destacam os nomes do empresário Selvino Londero, e do assessor parlamentar, e ex-vice-prefeito do município, Edson Dagostin, o Pisca. Heriberto, no entanto, é quem tem demonstrado maior articulação no contanto com as bases de ser partido, como também na busca de aliados de outras legendas para viabilizar uma candidatura emedebistas com reais chances de vitória neste ano.
- Candidato a prefeito de São João do Sul em 2016, ocasião em que conquistou 24% dos votos, João Olivio Cardoso, o João da Farmácia, postou em suas redes sociais, na virada do ano, vídeo anunciando sua pré-candidatura ao executivo municipal neste ano. O pré-candidato está filiado atualmente no Solidariedade, mas não descarta a possibilidade de mudar de partido para disputar a Prefeitura Municipal no próximo mês de Outubro. São João do Sul também deverá contar com uma candidatura a prefeito do MDB, e outra do PDT. No MDB as tratativas começam a se afunilar para o nome do vereador Márcio Grei Magnus, como também do empresário Dionei Oliveira Eugênio. Já no PDT o nome do partido para a disputa executiva é o do ex-prefeito Alex Bianchin.