Cúpula do União Brasil de Sombrio irá para o PSD
Caciques do União Brasil de Sombrio irão se filiar até a próxima sexta-feira ao PSD, objetivando uma composição com o Progressistas, para começar a construir um bloco de oposição ao projeto de reeleição da prefeita Gislaine Dias da Cunha (MDB). Entre eles, o próprio presidente do União, o empresário Teco Silvério, como também o vereador Gean Albino.
Em 2020, este grupo político estava filiado ao Democratas, legenda pela qual Gean Albino foi eleito, e apoiou a candidatura de Gislaine ao Executivo Municipal. Em outubro de 2021 o partido se fundiu com o PSL, dando origem ao União Brasil, legenda que passou a contar automaticamente com todos os que estavam filiados aos dois partidos de origem. Em Sombrio, quem estava no Democratas permaneceu no União, mas a maioria dos que estavam no PSL migraram para outras legendas de direita.
Em que pese o fato do grupo do atual União Brasil sombriense ter feito campanha pela eleição de Gislaine Cunha em 2020, ao longo de seu mandato a relação do partido com a prefeita foi se deteriorando. O primeiro sinal veio através dos votos de Gean Albino na Câmara de Vereadores, que nem sempre acompanharam os votos dos demais vereadores da base aliada. Agregou-se a isto o fato de líderes do União Brasil pararem de participar de atos da administração municipal, e, paralelo a isto, abrirem conversação com o Progressistas, visando o pleito eleitoral deste ano.
A intenção do novo PSD é ganhar robustez para disputar as eleições municipais deste ano. O partido não deve exigir a vaga de vice do Progressistas para disputar as eleições, e se focará em ter uma boa nominata de candidatos a vereador, que deverá contar, dentre outros, na disputa legislativa, com Gean Albino, Teco Silvério e Elisandro Guimarães de Oliveira, o Grosso, que já foi presidente da Câmara Municipal.
O partido também pretende cooptar nomes de outras legendas para seu cast. Neste sentido, está no radar o PSD o ex-Secretário Municipal de Administração de Sombrio e de Balneário Gaivota, Jeferson Raupp, que anunciou sua desfiliação do PL.
Mesmo com a mudança dos principais líderes do União Brasil para o PSD, o partido continuará ativo em Sombrio, sob a presidência de Rudimar Quartiero, e se agregará ao grupo oposicionista. Em princípio, a intenção é criar uma aliança que abarque Progressistas, PSD, União Brasil, Republicanos e PSDB. Os dois últimos partidos, no entanto, também estão na mira do MDB.
É interessante observar que, embora haja a intenção de se compor um grande grupo político de oposição, o Progressistas deverá ter liberdade para concorrer com chapa pura majoritária, com o candidato a prefeito, e a vice, sendo filiados ao partido. A intenção é que a vaga de vice seja ocupada por uma mulher, de modo a cooptar votos do eleitorado feminino, hoje majoritariamente vocacionado a votar em Gislaine Cunha.
Finais
- PSD Estadual deu uma cartada de mestre, durante reunião de sua executiva, no dia de ontem. O partido deliberou pela realização de uma pesquisa em Criciúma, no mês de julho, para definir se o seu candidato a prefeito no município será o atual Secretário de Governo, e vereador licenciado, Arleu da Silveira, ou se será o atual Secretário de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde, o deputado federal licenciado Ricardo Guidi. A intenção do PSD catarinense é evitar a iminente saída de Ricardo Guidi do partido, e consequente filiação ao PL, para disputar a prefeitura criciumense. Por outro lado, também ficou bastante evidenciado que o PSD teme a candidatura de Ricardo Guidi pelo PL, o que poderá servir de estimulante para que ele de fato migre de partido.
- Presidente da Amesc, a Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense, Clélio Daniel Olivo, o Kéio (PP), irá renunciar a presidência da entidade no início de junho, para ficar apto a disputar a reeleição em Outubro. De acordo com a legislação, quem quiser ser candidato a prefeito não pode administrar órgãos de caráter público – com exceção da própria prefeitura – a exemplo de associações, cooperativas, e entidades do gênero, o que é o caso da Amesc. A decisão de Kéio deixa bastante evidenciado que ele pretende ter o apoio de seu grupo político, composto por Progressistas, MDB e PSD, para postular mais um mandato. Ainda assim, o prefeito diz que não se decidiu ainda será candidato a reeleição, de todo modo quer ficar apto a isto.