Rolando Christian Coelho, 12/04/2024

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A novela eleitoral de São João do Sul

São João do Sul tem protagonizado a melhor história pré-eleitoral de nossa região com vistas as eleições de Outubro. O ano de 2023 fechou com o MDB contando com as pré-candidaturas a prefeito dos vereadores Márcio Grei Magnus e Ismael Santana Oliveira. Um dos dois iria enfrentar a candidatura oposicionista do ex-prefeito Alex Bianchi, que concorreria pelo PDT ao Executivo Municipal, tendo o Progressistas como vice. Esta situação, por si só, já seria inusitada, afinal de contas, no atual mandato, o Progressistas é vice do MDB, e estaria indo para a oposição. Todavia, isto acabou sendo o de menos, diante de tudo o que aconteceu nos três primeiros meses deste ano.

O primeiro desdobramento aconteceu dentro do MDB, com o vereador Ismael Oliveira anunciando sua saída do partido, e filiação ao PSD, para compor como vice da oposição, o que deixaria o Progressistas fora da majoritária oposicionista. Ismael também levou consigo outros dois vereadores emedebistas para a oposição. Fragilizado com a saída de Ismael, que é presidente da Câmara Municipal, assim como os outros dois vereadores, o MDB precisou se recompor, e investiu no PL, do ex-vice-prefeito Gilberto Delfino, o Betinho, cujo caminho natural seria o de estar aliado a uma candidatura de Alex Biachin, ou o de bancar uma candidatura autoral.

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Fechado o acordo entre MDB e PL, o ex-prefeito Alex Biachin migrou do PDT para o Progressistas, colocando o partido de volta na majoritária. Em meio a esta dança das cadeiras, veio a público a informação de que o PL só estaria aliado ao MDB se os liberais fossem o cabeça de chapa, com os emedebistas indicando o candidato a vice. Paralelo a toda esta movimentação, o pré-candidato a prefeito Paulo Cardoso Claudino, do Republicanos, que disputou a prefeitura em 2020, se aproximou do PL e do MDB, reforçando a aliança situacionista.

No resumo da opera, pelo menos até agora em São João do Sul, boa parte da situação virou oposição, e boa parte da situação acabou virando oposição. Vale lembrar que a novela sãojoãosulense ainda está no meio de seus capítulos, e longe de terminar.

 

Finais

  • Por enquanto, Progressistas e MDB deverão ser os partidos com o maior número de candidatos a prefeito, em nossa região, nas eleições deste ano. No conjunto dos quinze municípios do Extremo Sul Catarinense, cada uma destas legendas deverá ter dez candidaturas ao Executivo Municipal, com este número podendo variar de acordo com as negociações que se seguirão ao longo dos próximos meses com outros partidos. O PL vem na terceira colocação, com oito pré-candidaturas bem construídas, com grandes chances de que todas elas sejam oficializadas. Na quarta e na quinta colocações figuram o PSDB e o PSD, que têm três pré-candidaturas a prefeito bem definidas, e todas elas deverão ser oficializadas. Já o PT tem duas pré-candidaturas a prefeito bem encaminhadas, e o União Brasil e o PDT uma cada um.
  • Especulações quanto a formação de uma terceira via política em Sombrio, para bancar uma candidatura alternativa a do MDB e do Progressistas, à Prefeitura Municipal, voltou a ribalta no município. O PSDB, através de seus principais líderes, já se disse favorável ao projeto. Na onda, o PSD e o União Brasil também se manifestaram a favor desta possibilidade. De forma natural, o Republicanos também estaria neste grupo. Lá na frente, é muito provável que isto não se concretize, e que todos convirjam para o Progressistas, apoiando uma candidatura do partido ao Executivo Municipal. O problema é que estes rompantes, dando conta da formação de uma terceira via política no município, desmobilizam a oposição, e fortalecem cada vez mais o projeto de reeleição da prefeita Gislaine Dias da Cunha (MDB).

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