O cenário político eleitoral em Praia Grande, com vistas a eleição majoritária deste ano, começa a ganhar forma, mas nem todas as cartas do jogo político no município já foram dadas. De certo, mesmo, somente as duas pré-candidaturas a prefeito, protagonizadas pelo atual chefe do Executivo Municipal, Fanica Machado (PP), e por seu opositor, o ex-presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Adelírio Monteiro (MDB), que já concorreu à prefeitura em 2020.
Também estão postas no mercado eleitoral praiagrandense as pré-candidaturas a prefeito do ex-prefeito Henrique Maciel (Rep), e do vereador Eliseu Espíndola Pereira, o Colonão (PL), mas elas são tidas como meros balões de ensaio para negociações futuras. Henrique almeja ser candidato a vice de Adelírio, e Colonão nutre esta expectativa em relação ao projeto de reeleição de Fanica.
Na próxima semana o MDB de Adelirio Monteiro irá se reunir com Republicanos, PT e PCdoB, com a proposta de uma parceria eleitoral para este ano. O MDB também tem o Podemos na alça da mira com o mesmo objetivo.
Já o Progressistas, do prefeito Fanica, tem como aliados PSDB, PSD e PDT, e vislumbra a possibilidade de ter o PL de Colonão no mesmo grupo. O PL, no entanto, exige a vaga de vice de Fanica, que também é almejada pelo PSD. Dentro do PSD, se ressaltam para concorrer como vice do atual prefeito o ex-presidente da Ceprag, Hercídio Marciano Cardoso, o vereador Altemir Bortolin, o Nego, e o ex-vereador Mack Guglielmi Citadin.
Se, de fato, o vice de Fanica vier do PSD, o PL poderá insistir na candidatura de Colonão a prefeito, ou convergir para a candidatura de Adelirio Monteiro, o que é menos provável, já que PT e PCdoB estão bastante próximos a ele.
Tanto a esquerda, quanto o PL de Praia Grande, possuem um importante nicho eleitoral no município. Na eleição estadual e nacional de 2022, Praia Grande foi o município da região da Amesc que apresentou os maiores percentuais no segundo turno para as candidaturas do PT. Na via inversa, o bolsonarismo se mantém vivo no município, principalmente junto ao meio evangélico. O grande problema para quem almeja ter estes dois grupos ao seu lado é que, onde um estiver, o outro dificilmente estará.