O Correio do Sul traz na sua edição de hoje o resultado de uma pesquisa relativa a eleição majoritária de Maracajá, realizada pelo Instituto Catarinense de Opinião Pública e Estatística, o INCOPE, que foi contrato pela editora do próprio Jornal para levantar os números da corrida eleitoral no município.
A pesquisa foi realizada nos dias 18 e 19 de setembro, com 363 eleitores de Maracajá, tendo uma margem de erro de 5% e nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada junto ao Tribunal Regional Eleitoral sob o número SC-09528/2024, e tem como estatístico responsável Júlio Henrique Ely Zibetti.
De acordo com o INCOPE, o atual prefeito, Aníbal Brambila (PSD), que disputa a reeleição, tem 39% das intenções de votos. Seu companheiro de chapa é o presidente municipal do MDB, Roldinei Dassoler. O ex-prefeito Antônio Carlos de Oliveira, o Cacaio (PP), figura na segunda colocação, com 23% das intenções de votos. Seu companheiro de chapa, na condição de candidato a vice-prefeito, é Alex Cichela (Podemos). Na terceira colocação aparece Edilane Rocha Nicoleite (União), com 18% das intenções de voto. Seu candidato a vice-prefeito é Rodrigo Xavier da Silva, também filiado ao União Brasil. Os eleitores que declararam que irão votar em branco, ou anular seu voto, somaram 4%, e os que se disseram indecisos 16%.
Por óbvio que toda pesquisa é o retrato do momento político, e tudo pode acontecer, mas, ainda assim, os números são bastante favoráveis ao prefeito Brambila, que precisou começar sua campanha, com vistas às eleições deste ano, de forma muito atrasada, já que o pedido de registro de sua candidatura na Justiça Eleitoral da Comarca de Araranguá foi indeferido, por conta de duas condenações por crime ambiental. Os advogados de Brambila, no entanto, conseguiram reverter a situação, o assegurando na disputa pelo Executivo Municipal.
Já a oposição sente na pele o peso de sua divisão. Progressistas e União Brasil decidiram lançar cada qual uma candidatura ao Executivo, o que comprometeu, sensivelmente, um projeto de vitória oposicionista. Observe que os candidatos de oposição somam 41% das intenções de votos, 2% a mais do que o percentual de Brambila. No entanto, isoladamente, nem Cacaio Oliveira, nem Edilane Nicoleite, impõe, neste momento, ameaça a Brambila.
Nos próximos dias, o Correio do Sul irá divulgar pesquisa eleitoral relativa ao município de Santa Rosa do Sul.
Finais
- Através de uma decisão em agravo interno, no Tribunal de Justiça de Santa Catarina, o prefeito de Praia Grande, Fanica Machado (PP), foi liberado para voltar as suas atividades a frente do Executivo Municipal. Fanica foi afastado de suas funções no dia 23 de julho deste ano, portanto, há dois meses, por conta de uma investigação relativa à fraude em licitação. O processo corre em segredo de justiça, mas foi possível apurar que o suposto esquema de fraude em licitação envolveu um funcionário da prefeitura e uma empreiteira, vencedora de um processo licitatório para a construção de uma rua coberta. No que diz respeito ao retorno as suas atividades, seu advogado, André Giordane Barreto, afirmou que o Tribunal de Justiça avaliou que não houve denúncia de corrupção ou associação criminosa contra Fanica, e, por isto, houve a flexibilização da decisão liminar inicial. Ainda que tenha sido liberado para voltar as suas atividades, o prefeito não poderá manter contato com outros investigados no caso em voga.
- E o Bolsa Família, principal programa do Governo Federal voltado a aparar as arestas da desigualdade social, se tornou uma das principais fontes de receita dos sites de apostas, tanto nacionais, quanto internacionais. De acordo com a Receita Federal, somente em agosto deste ano os beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em apostas on line. O valor corresponde a 20% de todo o valor destinado pelo programa às chamadas classes desfavorecidas. Enquanto isto, livrarias têm fechado uma a uma no país, e os cursos profissionalizantes on line estão em verdadeira bancarrota, desde que a pandemia de Covid-19 cessou. A destinação de recursos do Governo Federal para a assistência social, sem um filtro de verdade, é o que ocasiona situações como esta. Milhões de pessoas, de fato, precisam do Bolsa Família para viver, mas, sem dúvidas, outros milhões se utilizaram dos recursos meramente como um complemento de renda, para gastar com cachaça, cigarro e, agora, jogos de azar.