O deputado estadual José Milton Scheffer (PP) não esconde seu desejo de disputar a Câmara Federal no ano que vem, assim como não faz questão de ocultar sua preferência por uma disputa dentro de seu atual partido, apesar do convite para que ele se filie ao PSD para viabilizar o projeto. Seja como for, Zé Milton já parece ter decidido postular uma vaga no Congresso Nacional.
Como consequência dessa pretensão, o Progressistas de nossa região abrirá uma vaga para que alguém filiado ao partido disputasse uma cadeira na Assembleia Legislativa, atualmente ocupada pelo deputado sombriense. A lista de postulantes pode ser grande ou pequena, dependendo do ponto de vista. Se o processo de escolha dentro do partido for amplo e irrestrito, à primeira vista, todos os seis prefeitos do Progressistas de nossa região seriam nomes à altura de uma disputa estadual. Nada impede que os prefeitos de Balneário Arroio do Silva, Evandro Scaini; de Morro Grande, Clélio Daniel Olivo, o Kéio; de Timbé do Sul, Vilmar Manffiolette, o Belinha; de Passo de Torres, Valmir Rodrigues; de Praia Grande, Fanica Machado; e de São João do Sul, Alex Bianchin, renunciem ao mandato em março do ano que vem para disputar o legislativo catarinense. Dentre esse conjunto, destacam-se Scaini, Kéio, Valmir e Fanica, que são prefeitos reeleitos.
A lista ainda incluiria vários outros ex-prefeitos, como o de Araranguá, Mariano Mazzuco; de Timbé do Sul, Beto Biava; de Maracajá, Cacaio Oliveira; de Meleiro, Nei Zanette; e por aí afora.
O mais provável, no entanto, é que o Progressistas conduza este assunto de forma mais comedida, restringindo o número de interessados. Para viabilizar uma discussão nesse sentido, o melhor caminho é o da seleção natural, elencando à condição de pré-candidatos aqueles nomes com maior evidência regional. Nesse contexto, destacam-se Evandro Scaini, que já foi candidato a deputado estadual em 2018, e Nei Zanette, que foi presidente da Cersul entre março de 2019 e março de 2023.
Se o processo de seleção natural for levado adiante, chegar-se-á ao nome de Evandro Scaini, por estar cumprindo seu quarto mandato como prefeito, ser reeleito, ter sido candidato a deputado estadual e possuir um excelente trânsito com a sociedade de Araranguá, principal colégio eleitoral de nossa região e um dos mais importantes do Estado.
A grande questão é saber se Scaini estaria disposto a enfrentar uma nova eleição estadual no ano que vem. Por ora, ele afirma que é necessário avaliar o cenário. Tudo indica, no entanto, que o cenário lhe será muito favorável.
Finais
- Afeito a uma boa polêmica, o deputado estadual criciumense, Jessé Lopes (PL), diz que irá apresentar na Assembleia Legislativa projeto de lei visando a proibição da prática do nudismo nas praias de Santa Catarina. Em nosso Estado, as praias onde esta prática é comum são a da Galheta, em Florianópolis; de Pedras Altas, em Palhoça, e a mais famosa, a do Pinho, em Balneário Camboriú. De acordo com Jessé, “Santa Catarina não pode tolerar locais públicos tomados pelo desrespeito e pela promiscuidade a céu aberto”. A grande questão do projeto em voga é saber se ele conseguirá passar pela Comissão de Constituição e Justiça do parlamento catarinense, já que as praias de todo Brasil estão sob a jurisdição federal, e não estadual. Em tese, a Assembleia Legislativa não pode legislar sobre um tema que é de competência da União. Em Florianópolis uma vereadora do PL também tem se levantado contra o nudismo na Galheta.
- Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, o Dnit, assinou na última sexta-feira ordem de serviço para a conclusão da pavimentação da BR-285, no trecho da Serra da Rocinha, em Timbé do Sul. O maior problema da obra está localizado no Km 50, onde é necessária a construção de uma grande contenção de concreto, com cortinas atirantadas e telas grampeadas, afim de que se evite deslizamentos sobre a pista. As obras na Rocinha já vêm se arrastando há quase uma década, mas, de acordo com o Dnit, dentro de 12 meses toda a pavimentação e as contenções necessárias estarão prontas. Vale lembrar que depois que a obra for concluída, ainda faltarão mais oito quilômetros de estrada para serem pavimentados, entre o fim da serra e a sede de São José dos Ausentes (RS), fazendo, deste modo, com que haja uma rodovia de fato trafegável entre Sanga da Toca II e a Argentina.