O que antes parecia ficção científica já está moldando o presente: a impressão 3D ganha cada vez mais espaço no Brasil e já começa a fazer parte do cotidiano de muitas pessoas. Em Araranguá, o empreendedor Sérgio Lemos é um dos entusiastas dessa tecnologia. Ele trabalha em casa, de forma independente, mas conectado a parceiros de várias partes do país. Através da CONDATA 3D, transforma ideias em objetos com precisão, criatividade e dedicação.
Apaixonado por tecnologia desde sempre, Sérgio teve seu primeiro contato com a impressão 3D há cerca de 20 anos, quando o tema ainda era desconhecido por aqui. “Na época, encontrei artigos estrangeiros mostrando que era possível montar uma impressora 3D em casa, com projetos de código aberto. Aquilo me fascinou”, relembra.
Na ocasião, comandava uma empresa metalmecânica e, apesar do entusiasmo, não conseguiu levar o plano adiante. “Tentei com um funcionário que entendia de eletrônica, mas não deu certo. Guardei o sonho para o futuro”, conta.
Esse futuro chegou cerca de seis anos atrás. Já planejando a aposentadoria, Sérgio decidiu retomar o antigo projeto. Investiu em uma máquina semi-industrial, buscou capacitação em Campinas e na USP, estudou diversos programas e sistemas, e fez da impressão 3D sua nova profissão.
Muito mais que apertar um botão
Quem pensa que imprimir em 3D é só carregar um modelo e apertar “start” está enganado. Sérgio explica que o processo exige conhecimento técnico e uso de diversos softwares. “Dependendo do projeto, posso usar até 15 programas diferentes”, afirma.
Ele trabalha com a tecnologia de filamento, utilizando materiais como PLA, ABS, PETG e TPU, cada um com características próprias de resistência, flexibilidade e acabamento. Além disso, oferece serviços de modelagem digital, criando arquivos a partir de ideias simples ou esboços dos clientes.
“Tem gente que chega só com uma ideia na cabeça. A gente conversa, desenha, modela no computador e transforma em objeto físico”, explica.
O futuro já começou
Para Sérgio, a impressão 3D é uma das engrenagens da chamada Quarta Revolução Industrial. Segundo ele, muitas profissões vão precisar se adaptar à nova realidade. “Já existem impressoras que constroem casas inteiras, sem sujeira, com precisão total. O pedreiro, como conhecemos hoje, vai deixar de existir”, alerta.
Ele também acredita que, em breve, a impressão 3D estará presente na maioria dos lares. “Vai ser como um micro-ondas. Quebrou a maçaneta? Você mesmo imprime. Precisa de um suporte ou uma peça nova? Faz na hora”, exemplifica.
Educação e compromisso
Além do trabalho técnico, Sérgio também busca conscientizar os mais jovens. Recentemente, participou de uma palestra em uma escola de Araranguá, falando sobre inovação e mercado de trabalho.
“Não fui lá para dar respostas prontas. Fui provocar a curiosidade. Disse que eles precisam pesquisar, ler, buscar conhecimento. É isso que vai fazer a diferença no futuro deles”, destaca.
Amor pelo que faz
Apesar da tecnologia de ponta, o diferencial do trabalho, segundo ele, é humano: dedicação total a cada projeto. “A gente faz com amor. Trabalha até que o cliente fique satisfeito. O objetivo é realizar o sonho dele, seja um objeto funcional, decorativo ou protótipo”, resume.
Sérgio atua de forma independente, sem empregados fixos, mas com uma rede de parceiros espalhados pelo Brasil. “Trocamos informações, dividimos trabalhos. A impressão 3D também está globalizada”, observa.
Para quem quiser conhecer o trabalho de Sérgio ou tirar dúvidas, o contato é fácil e direto, pelo WhatsApp: (48) 9 9138-8434.
De sua casa, em Araranguá, Sérgio segue imprimindo sonhos em três dimensões, com a convicção de que essa tecnologia não é mais uma promessa distante – é realidade que já transforma o mundo.